sábado, 6 de dezembro de 2008

Marisco

Com o mau tempo que se tem feito sentir, tenho estado face à impossibilidade de ir ao mar, e aproveitando a calmaria de vento e de chuva, ontem peguei em mim e fui spinnar com os vinis aqui pelo Barreiro.
Depois dum toque de o que devia um cachaço já porreiro (mas começo a achar que realmente nunca sei o que ataca a amostra, quando se está a pescar com vinil) que acabou por desferrar...
...Passado mais um lote de lançamentos, sinto a amostrar prender ao fundo.."Bem aí vem mais uma ostra", quando afinal..



Uma santola!
Agarrada pelas costas, ou terá sido pelas patas? Ao vinil lastrado com um cabeçote.
É o fim do Mundo, até já marisco apanho!
E esta ein?

Até ao próximo lance!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Noite eléctrica

Ontem à noite, pescando numa zona de mista de pedras e areias, "demos com eles".
Sabia-mos que os robalos lá andavam, mas as águas estavam muito lusas, e o peixe atacava as amostras a medo, estando muito desconfiado.
Durante 15 minutos aproximadamente foi um festival de ataques falhados, sentiam-se muitos toques, mas o peixe raramente ficava bem ferrado, e quando ferrava muitas das vezes soltava-se por vir mal picado.
Eu só consegui tirar um cá para fora, mas por ser pequenote foi imediatamente devolvido.
Passado momentos ferrei um bom robalo, que cheguei a ver pois já estava praticamente a seco, à vontade com mais de 2 kilos, um daqueles que já não apanho à meses, mas o Mar estava do lado dele, e acabou por desferrar praticamente a seco, e rapidamente apanhou boleia duma onda e voltou para o seu meio. A amostra que estava a usar quando o ferreiro foi a Daiwa Saltiga de 17 cm's, pelos vistos o tamanho não os assusta e foi uma boa compra.
Mas houve quem para além de muitos toques e ataques falhados, tenha capturado uns belos robalos, ficam aqui as fotos que eu tirei, pois sei que rendeu mais tarde, depois de eu e do Xandre já estarmos a caminho de casa.


O pequenote que eu apanhei, prontamente devolvido.


E o Ricardo Caetano AkA Bokas a fazer das suas!


Parabéns a ele e ao seu irmão pela pescaria que fizeram!


Quanto a mim, grandes só nas fotos, e com Zoom!

Um abraço a todos os que lá tiveram, e até ao próximo lance!

Atitude de louvar

Querida felicitar e acima de tudo agradecer ao meu amigo João Afonso (o artista do lado esquerdo da fotografia) que capturou e libertou um robalo fêmea (estava ovada) com 3,7 kg.
Parabéns pela atitude! É preciso ser-se um grande pescador e uma grande pessoa para tal!



Um grande abraço!

Até ao próximo lance!

sábado, 1 de novembro de 2008

Open Surfcasting Pesca Desportiva - PT



A realizar-se dia 30 de Novembro, na Praia de São João, na Costa da Caparica.
A prova é de surfcasting, por isso aqui fica o aviso para os praticantes, irá certamente ser uma excelente prova e convívio.

Concurso PCA


A realizar-se no dia 30 de Novembro na Praia da Légua, na zona da Nazaré.
Contempla a apenas pesca com amostras (Spinning ou Corrico).
Irá ser uma prova com catch & release obrigatório (todas o deveriam!).

Eu vou!

sábado, 25 de outubro de 2008

Noite de vento

Ontem fui ao sítio do costume espairecer, deparei-me com um mar relativamente caído, e muito vento.
Depois de bater durante várias horas uma zona de rochas, decidi ir até ao areal, já de noite, fazer uns lançamentos antes de ir embora.
Quando a amostra já estava praticamente na margem, ferra-se esta baila que deu uma luta agradável e que estreou a amostra.





Material usado:

Cana Lucky Craft LCF 2,90 m, cw de 10-30 gr.
Carreto Tica Streamstar 3500 (emprestado e de reserva, o meu Daiwa foi à oficina)
Linha Fireline 0,17 mm.
Baixo de Fluocarbono Tubertinni Gorila UC-4 0,35 mm.
Amostra Jackson Athlete Slim de 14 cm's.

domingo, 19 de outubro de 2008

Fim do Dia

Depois de umas quantas grades seguidas nos pesqueiros da minha zona, finalmente lá matei o vício.
Na companhia de bons pescadores e melhores amigos.
O mar apresentava-se com excelente aspecto, oxigenado e com espuma, set's de ondas bem cadenciados, tudo apontava para um final de tarde e noite produtivo, e assim foi.
O primeiro a ferrar um foi o Ricardo "Bokas" Caetano, que apanhou também o maior da sessão, com 5,5 kg, animal fantástico!



A amostra usada foi a clássica Daiwa Saltiga de 14 cm's, na cor Laser Sardine.

E o João Beja, irmão do Ricardo, também lhe deu bem, com dois bichos, um com 1,2 kg e outro com 2,5 kg.

Mais uma vez, a Saltiga a fazer estragos.

Eu também os provei desta vez, ferrei um pequeno que devolvi rapidamente, e pouco tempo depois tirei um com 1,45 kg.
O João Afonso somou e seguiu com um bonito peixe com 2 kg, e o João Oliveira também marcou, com um robalo idêntico ao meu.
O meu grande amigo Alexandre Alves tirou 5 peixes de quilo, libertando todos (à Mestre!).


O bonito peixe do João Afonso, a amostra...para variar...uma Saltiga.


E a foto dos três mafiosos, o João Oliveira também usou a Saltiga, eu mantive-me fiel à tradição e ferrei o peixe com a minha velhinha e fiável Lucky Craft Flashminnow 130 MR Zebra American Shad.
O Alexandre bem...com esse artista qualquer amostra dá peixe, mas usou tanto as Flashminnow, como as Daiwa.

Foi uma noite cinco estrelas, em que toda a gente tirou alguma coisa, gostei, venham mais.
Um abraço aos camaradas desta pesca!

Até ao próximo lance!

domingo, 14 de setembro de 2008

Spinning...mas sem os grandes!

A saga do peixe pequeno (ou peixes manhosos...) continua.
Hoje, na companhia do Filipe Pais (grande pescador de spinning e um ás da construcção de amostras), João Borges (grande pescador de embarcada), e do meu Pai, fomos fazer uma pesca.
Todos fizeram spinning, menos o meu velho, que optou como é hábito, pelo surfcasting.
O pesqueiro encontrava-se na maré vazia, maré esta de grande amplitude, a água mexia, tudo parecia indicar que talvez os Labrax's mais crescidos por lá andassem.
Fomos batendo uma zona rochosa, enquanto o meu pai preferiu ficar numa zona de areia.
Num espumeiro com menos de dois palmos de água, e muito perto da margem, ferrei um cachaço com cerca de 1 kg (não tenho foto desta vez), que libertei. Até voltar a apanhar um robalo "a sério", liberto tudo que seja abaixo dos dois quilos aproximadamente.
O labrax entrou com um vinil (Zoom Fluke) com um cabeçote "darter" de 5 gr.
Mais tarde, usei uma montagem texas e um Fluke (cor smoking shad), com um peso bala de 7 gr.
Ao lançar para junto de uma rocha, senti um toque, esperei um pouco, e ferrei.
E ferrei bem, pois a luta começou, algumas cabeçadas, e depois, peso morto...
Resultado, um bodião já bem crescido, certamente com mais de quilo, mas não foi pesado.
E assim ficou a minha pesca. (Só o fotografei em casa, como tal, não colocarei a foto).
Quando cheguei à praia, para surpresa minha o meu pai tinha apanhado uma moreia já jeitosa, não a pesei, mas deveria andar na minha opinião à volta dos 2,5 kg ou mais, era bem maciça, será pesada mais tarde para conferir!






Como não levei máquina comigo para junto da água, hoje as fotos não são das melhores, peço desculpa.

Até ao próximo lance, e que seja com um robalo grande! Um só! :)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Night Strike!

Ontem à noite, eu e o meu primo Alexandre Miguel, fomos fazer uma investida ao sítio do costume. Mas decidimos ir para uma zona rochosa, já que a Lua Nova estava a proporcionar uma maré de grande amplitude, estando a chegar à baixa mar passado cerca de duas horas de começarmos a pescar, por isso fomos ver se enganava-mos algum que pudesse andar nos caneiros e nas zonas de espuma entre as pedras, que não deviam ter mais que dois palmos de água.
No sítio inicial deparamos com bastantes limos, o que nos obrigou a mudar de sítio, pois nem os vinis conseguiam trabalhar no meio de tanta alga.
Num caneiro com alguma profundidade entre duas enormes pedras, começamos a bater esse canal com vinis.
Nada.
Até que decidi arriscar uma Flashminnow 110 SP Aurora Mackerel, o risco não era de prender no fundo, pois o sítio tinha alguma profundidade, mas sim acertar sem querer em cima de uma das pedras estavam fora de água, e eu sabia que naquele local, normalmente os seabass estão por detrás dessas duas pedras, provavelmente à espera que alguma coisa seja arrastada pela escoa das nossas nesse canal.
De dia é mais fácil fazer lançamentos a rasar as pedras...à noite já é um pouco mais complicado, mas arrisquei.
Fiz cerca de 10 lançamentos e nada...
Até que, num deles....Strike! Já tá!
O bicho ainda deu uns arranques porreiros que obrigaram a embraiagem do Daiwa a ceder, mas com a ajuda do meu primo lá o encalhamos e conseguimos apanhar.
Pela força que fez pensei que fosse bem maior, pois a amostra vinha presa de lado...acusou 1,340 gr.





Depois das fotos, no lançamento a seguir, Trauuu!!! Um ataque forte daqueles de robalo crescido, a embraiagem disparou e eu levantei a cana, aguentei-o, até que, quando comecei a recolher, nada....desferrou.
Estava mal picado pensei eu, mas quando fui observar a fateixa traseira da Flashminnow, via-se perfeitamente que estava aberta...
Bem, paciência, umas vezes ganham eles, outras nós.
Com a maré a começar a subir decidimos ir para a areia.
Montamos os vinis das bailas (Super Fluke na cor Ice) , e toca a lançar para a rebentação...
Passado os minutos o meu primo faz sinal que tinha um ferrado.
Depois de alguma luta, já estava na areia.



Uma baila que acusou um 1 kg.
Com um peixe cada um, e já perto da uma da manhã, pusemos as canas às costas e fomos embora com a grade safa.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bigode e Barba

Dia 26/8/2008 fui fazer uma investida ao sítio do costume, acompanhado do meu primo Alexandre Miguel, e do meu pai.
Eu e o meu primo fomos fazer spinning começando a pescar nas pedras, e o meu velho ficou-se pelo surfcasting na praia.
O mar estava muito sujo, e com alguma força, com a maré a começar a encher.
Numa zona com seixos rolados e calhaus ainda fora de água, com com muito pouca água, mas que fazia bastante espuma.
Começamos a pescar com vinil, pois uma amostra rígida ali era prisão certa.
O meu primo colocou então um Senko branco, montado à texas com chumbo bala de 7 gr.
Passado uns lançamentos lá safou um cachaço que acusou 1,1 kg e 46 cm.
E eu...apenas toques.
Fomos então para o areal.
Comecei com as Flashminnow e ainda insisti, mas nada, nem um toque.
"Bem como isto tá, pode ser que as bailas apareçam e caiam nos vinis brancos do costume".
E assim fiz, mas mais uma vez, nem um toque.
Até que chegamos ao pé de onde o meu pai tinha montado o estaminé.
"Então qué que apanhas-te, uma sargueta ou uma boga?"
"Vai lá ver."
E não é que desta vez tinha uma tábua, um sargo legítimo que pesou 1,5 kg certinhos.
E eu carreguei a grade, que também faz falta!


O meu primo Alex Miguel e o robalo de 1,1 kg.


O meu velho com um sargo legítimo de 1,5 kg, apanhado ao surfcasting com lingueirão congelado, a pescar numa zona mista de rocha e areia, foi uma boa estreia para a cana Daiwa Jet Sport de 4,5 m.


E pronto, foi uma bela pesca em família.

Até ao próximo lance!

domingo, 24 de agosto de 2008

Férias no Minho, Black Bass!

Olá a todos! Estou de volta, já vi que a malta andou a fazer umas boas pescas, parabéns a todos!
Passei uma semaninha no Lindoso, gostei bastante.
Conheço bastante bem o Sul do país, Algarve e Alentejo, mas não conhecia o Norte, e como gostei!
Paisagens lindas, gentes fantásticas, e comida...bem fora de série.
Pedi um prego, e deram-me duas costeletas de novilho, é preciso dizer mais alguma coisa? Laughing Laughing affraid
E o Verde Tinto da zona de Ponte de Lima, uiii!!!!
Não pesquei muito, ainda fiz umas incursões na água doce à procura dos nossos amigos achigãs, apesar de não conhecer os sítios, pesquei na barragem do Alto Lindoso, onde não apanhei nada, nem toques tive.
E pesquei numa zona em Entre Ambos os Rios, ao pé do parque de campismo. Zona essa que tinha bastante estrutura, e era confluência entre dois braços de rio.
Apanhei um achigãzito que libertei, no meio de ervas e árvores meio submersas. E vi com cada carpa nos baixios, impressionantes!
Aqui ficam uns registos fotográficos do sítio e do black mini bass.
A amostra usada foi um Senko 5" (da Gary Yamamoto) sem qualquer lastro (weightless) e anzol wide gap.


domingo, 3 de agosto de 2008

Momentos




Load it, cast it, dream it, strike it, land it. Sea Spinning @ Almograve 2008, the dream of every sea bass hunter.

domingo, 20 de julho de 2008

A minha outra paixão...

Aqui vai um pequeno vídeo/documentário, da minha banda, os Charysma!



Espero que gostem!

Rock On!!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Experiências

Ontem fui fazer um spinning ao fim da tarde.
Chegado ao pesqueiro este encontrava-se cheio de algas em quase toda a sua extensão, isto aliado com a ventania que se fazia sentir tornada o uso de amostras de superfície muito díficil, e qualquer jerkbait que afunda-se era imediatamente tapado pelas algas e limos.
Então decidi experimentar uma montagem ligeiramente diferente.
Peguei num chumbo redondo furado de 10 gramas, num anzol widegap e num vinil super fluke da Zoom branco.
Fiz uma montagem Texas normal, mas em vez de usar o chumbo bala usei o chumbo redondo.
Apenas o fiz porque o mar estava bastante mexido e precisava de um chumbo mais pesado devido ao vento forte, e queria que a amostra anda-se perto do fundo, e como não tenho chumbos bala tão pesados, usei este.
E para meu espanto deu resultados, a maior baila que apanhei até hoje.
Mediu 48 cm's, não a pesei, mas suponho que passe à vontade dos 1,5 kg, nunca tinha visto uma tão "marreca" e tão gorda. Infelizmente tenho a máquina avariada, por isso foi obrigado a tirar foto em casa como telemóvel, não é coisa que goste mas pronto....é sempre mais bonito termos uma foto do nosso adversário no pesqueiro, e não em casa.
Quando tiver a máquina de volta, tentarei tirar umas fotos à montagem que usei.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Black Bass - First Strike

Depois de uma manhã aos robalos que resultou numa grandiosa grade, aceitei o convite para me ir estrear aos black bass com material adequado e amostras adequadas também, já que a única vez que tinha pescado a estes bichos foi durante o Verão passado em Castelo de Bode, usando o material que na altura tinha de spinning aos robalos, e uma Rapala Shad Rap com 20 anos que andava cá por casa. Verdade seja dita, andei 7 dias para apanhar 2 achigãs, um grandito, e outro que parecia um carapau, ambos libertos claro.
No sítio onde pesquei desta vez utilizei várias amostras, especialmente vinis sem peso (senkos, flukes, e mais uns quantos), também gostei de utilizar os spinnerbaits, os gajos saíam disparados do meio da vegetação para aniquilarem os spinnerbaits, deu-me um gozo do caraças.






Não tem comparação utilizar uma cana de spinning para achigã de 1,80 m e um carreto de tamanho mais pequeno, it's top class!
E a luta que eles dão é realmente bonita, com cada salto! Very Happy
Todos os peixes foram libertados.
Já me informaram que é errado colocar o peixe no chão antes de o libertar, para a próxima terei os cuidados devidos no manuseamento dos bichos antes de os soltar. É com os erros que se aprende! :)

Até ao próximo lance!

domingo, 15 de junho de 2008

Estreia de material e história surreal

Trabalhava eu no estudo de caso que tenho que completar durante o meu estágio no serviço de ORL (otorrino) no Garcia de Orta durante a tarde quando o senti aquela "faísca". Estava uma tarde soalheira e bastante calor. Deve-se estar tão bem junto ao mar pensava eu, mas tinha que continuar o trabalho...
Uma hora mais tarde foi mais forte do que eu, a vontade de ir ao Mar, aquele ritual que tanto aprecio e também a vontade de testar a minha nova aquisição, a cana de spinning da Lucky Craft, modelo LCF de 2,90 m e com uma gramagem de lançamento de 10 - 30 gr, agarrei em mim, no material, e rumei sozinho à zona das Bicas como já não fazia há tempos.

Um dos spots que mais gosto.

Comecei a pescar por volta das 19:40, a água estava mexida mas bastante tapada, mas era daqueles dias em que estava com aquele "feeling".


A nova aquisição, Lucky Craft LCF 2,90 m c.w 10-30 gr, acompanhado do meu fiel Daiwa Laguna Sea Bass 3000.

Fui batendo uma zona rochosa, comecei pelas amostras de superfície, mas como não vi nenhuma actividade nem nenhum ataque, passei para o vinil enquanto ainda havia luminosidade, mas não, nem um toque.
Então, mesmo antes do cair do Sol, já que as águas estavam tapadas decido meter a "good old" Flashminnow 130 na cor MJ Herring, e lança-la para o meio de duas pedras submersas, onde aparentemente a escoa da água fazia uma corrente considerável, e quem sabe, o barulho das esferas da amostra poderia despoletar o ataque de um "sea bass" que por ali anda-se emboscado.
1º lançamento nada, apenas um molho de algas.
2º lançamento, mesmo a rasar uma das pedras....recolho 3 ou 4 maniveladas, dou 2 toques secos na amostra e paro-a. Sinto alguma coisa, e ferro instintivamente. TRÁS! Já está, o robalo começa a sua luta, dando uns bons arranques e levando ainda alguma linha ao meu Daiwa.
Depois de algumas cabeçadas e arranques, consegui traze-lo até à superfície, pensei que a luta já estivesse quase ganha. Era um bonito peixe, estimei que tivesse talvez um pouco mais que 2 kg, a cana estava a portar-se lindamente, que vara fantástica, tanto no laçamento e sensibilidade a trabalhar as amostras e leveza, assim como no combate com o peixe.
Mas quando eu pensava que a balança pendia para o meu lado, o robalo deu uma sapatada com a sua cauda e desferrou-se. E lá foi ele embora.
Bem, fiquei um pouco chateado pois tinha deixado a linha perder um pouco de tensão e a culpa provavelmente foi minha, mas fiquei com um sorriso na cara. Finalmente de novo um combate com um robalo, já tinha saudades, e umas vezes ganhamos nós, outras eles.
A maré estava a encher e o mar tinha força, decidi fazer mais 3 lançamentos antes de mudar de poiso, pois estava a escurecer e não me apetecia andar a fazer escalada às escuras e com as ondas a partirem demasiadamente perto.
Ao 3º lançamento, ao último, para o mesmo sítio, enquanto recuperava a amostra aos toques, TRÁSSSS! Ferro um robalo, deu umas cabeçadas valentes, e deu trabalho a sair, pois tive que o ir encalhar para o conseguir tirar, mas este não desferrou. A cana portou-se lindamente, safei a grade finalmente!


O adversário, pena a foto ter ficado desfocada.


Depois da luta, há que agradecer aos Deuses do Mar.



Fiquei contente, e saí dali, era altura de ir até à praia fazer mais uns lances antes de ir embora.

Quando cheguei ao areal vi que havia bastante gente a pescar ao fundo.
Coloquei-me ao lado de um colega, uns metros afastado e fui fazendo uns lançamentos para uma zona de espumeiros, até que vejo o colega pescador agarrado a uma das suas canas de fundo a correr em direcção ao mar, com ela toda vergada.
"Olá, temos aqui torpedo" Pensei eu.
Pousei as minhas coisas, e fui andando até ao camarada.
Meti conversa com ele "Então tem aí uma bizarma ferrada!"
- "Epá pois tenho, isto deve ser um ganda safio, tou a pescar com 0,60 mm da madre, e 0,50 mm no estralho, e tou a iscar com pedaços de cavala!"
Enquanto iamos falando, o carreto ia guinchando com os arranques o "torpedo" dava, impressionante, foi a primeira vez que ouvi um carreto de fundo berrar daquela maneira, afinal as histórias eram verdade.
O camarada surfcaster lá ia atrás da cana, perigosamente para junto da rebentação!
- "Amigo tenha calma, fique cá em cima, ele não foge, nós os 2 tiramos isso, mas não se encoste tanto ao mar que ainda vem uma onda e depois ainda acontece um acidente!"
O pescador mantinha-se calmo apesar dos arranques brutais que por vezes o bicho tinha.
E lá iamos os 2, corremos umas boas dezenas de metros pela praia fora, seguindo os caprichos do "torpedo".
- "Amigo, quando sentir que ele está mais perto, e quando vier uma onda grande, recolha para o tentar-mos encalhar!"
- "Epá! Não o consigo tirar!"
- "Vá nós conseguimos, vá que até tenho ali a máquina e tiramos depois umas fotos! Que animal que isso deve ser!"
Ás tantas, o camarada lá sentiu a linha mais perto da margem...
- "Amigo, vou acender a lanterna, que se lixe, mesmo que não se apanhe mais nada este bicho há-de valer a pena!"
- " Aprovei-te agora, aprovei-te agora a onda! Recolha!!!"

E o amigo assim fez....segui a linha com a lanterna, a cana vergou subitamente para terra, sinal que a onda tinha arrastado o nosso ilustre desconhecido para terra.
Corri com a lanterna acesa, tentando perceber onde ele estava, e ei-lo.
Um vulto grande, pareceu-me ser , na confusão da espuma e da escoa da onda, um enorme safio. Com a sua enorme cabeçorra, senti o coração disparar, não era a minha captura, mas podia ajudar aquele companheiro surfcaster, a sacar aquele bicho.
Quando cheguei ao pé do vulto dei-lhe um grande pontapé para ver se ele subia mais um pouco, mas nem se mexeu um cm, quando ficou a seco de vez, apontei a lanterna enquanto lhe tentei pisar a cabeça e eis que....

.....me deparo com um tubarão! Um enorme cação, de cor bronze, ali encalhado aos meus pés, um esqualo! Filh da pu**! É um cação! Gritei eu!
Um vaga sobe até nós, o bicho é arrastado contra as minhas pernas, e a ponta da minha bota fica perigosamente junto da boquinha do amigo, senti uma prisão! Mordeu-me! Tentei libertar o pé e consegui, e dei 2 saltos para trás, tal não foi o "cagaço".
Corri novamente para ele e tentei jogar-lhe a mão ao rabo para depois o arrastar para a zona onde as ondas não chegassem, mas entretanto uma onda grande subiu até nós, o bicho é arrastado de volta para o mar, passa-me junto ás pernas, ainda lhe joguei as mãos ao lombo e senti aquela pele áspera como lixa, característica dos esqualos, mas foi tarde demais, o 0,50 do estralho cedeu perto do nó da laçada.
Foi uma pena.

O bicho era desta espécie, e um pouco mais pequeno que esse.


Aqui fica uma foto de boa qualidade, de um exemplar de um cação de dimensões maiores.

O amigo surfcaster permaneceu calmo mais uma vez, e reconheceu que teria sido muito difícil tirar um bicho daqueles, muito menos quando não se está à espera. Mesmo assim fiquei a sentir-me culpado, se ao menos lhe tivesse conseguido agarrar o rabo, agora este relato era ilustrado por uma foto magnífica, não é todos os dias que se vê um animal daqueles!
Depois do "pó" assentar, fiquei à conversa com o senhor, pescador experiente daquela zona, mas que apesar de pescar ali há bastantes anos e já contar com robalos grandes e bons safios nos seus palmarés, não se lembra de ninguém que tivesse ferrado um cação por aquelas bandas.
Que aventura! É por estas e por outras que o Mar nunca me cansa, e desta vez, foi uma surpresa e pêras! Quem diz que a pesca não é um desporto de emoções fortes? Ah e é verdade, nunca, mas nunca mais gozo com a malta do surfcasting, ganhei-lhes respeito!
Um brinde a eles!



Aqui fica a foto do pescador do cação, salvo erro o senhor António Manuel (se estou em erro, se você ler isto, deixe-me uma mensagem a corrigir) com uma baila que tinha tirado antes, estas fotos já foram depois do "grande combate".

Até ao próximo lance, com ou sem cações!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Novas espécies

De momento ando a percorrer uma fase "negra" no que respeita à captura dos nossos amigos robalos ao spinning. Na minha zona as capturas têm sido pouquíssimas, e muito irregulares, por vezes um peixe solitário ou outro, mas este ano não se verificam as boas pescarias que pelo ano passado, e segundo os que fazem spinning há mais tempo, há 2 anos, se verificavam.
Entretanto vou capturando espécies no mínimo "incomuns" nesta modalidade...
Estava eu a pescar com um X-Layer lastrado com um cabeçote de 5 gramas numa região de caneiros e pedregulhos submersos, tentando algum robalo que por lá pudesse andar, pois o mar apresentava-se com excelentes condições para os nossos amigos, quando sinto uma valente "cacetada" seguida dum arranque frenético, e depois, parou.
A inicio pensei que tivesse sido algum robalo que ao se ter sentido ferrado terá corrido para o meio das pedras submersas e a linha terá ficado presas nesta.
Mas não.
Depois de forçar um pouco, a prisão cedeu, e vejo este artista a assomar-se à superfície...





Fiquei perplexo, pareceu-me ser um bodião, mas duvidei pois nunca tinha visto nenhum com este aspecto e tão grande, mas mais tarde confirmei ser mesmo um. Enfim, o X-Layer faz milagres!
Mas não se ficou por aqui, passado uns minutos fui brindado com um EH-101 Merlin da nossa FAP que voou mesmo por cima de mim, parando um pouco mais à frente entre as falésias realizando exercícios de recolha de pessoal e carga.
Espantaram-me os robalos! :)







Há tarde ouve outra sessão, desloquei-me para outro sítio, mas apenas saiu este robalinho perdido, que foi prontamente devolvido:






Em suma, os robalos grandes não andam por cá, ou então estão-me a fazer um defeso!

Até ao próximo lance!

sábado, 17 de maio de 2008

Autocolante

Em mais uma suposta surtida em buscar dos nossos amigos robalos, enquanto pescava com um vinil lastrado com um cabeçote de 3 gramas, senti uma súbita prisão. Por estar a pescar numa zona de rocha, com o mar caído e a maré muito vazia assumi que a amostra tinha ido à viola com ficando irremediavelmente presa numa pedra.
Quando agarrei o fio com as luvas e puxo, sinto um peso, pensei que era uma bola de algas ou algo do género, mas...




...revelou-se ser este autocolante com cerca de 1 kg.

E esta ein?

Pescando num mar sem robalos (pelo menos últimamente!)

Até ao próximo lance!

quinta-feira, 8 de maio de 2008