quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sunday morning Darter Strike!

Este Domingo, dia 22, finalmente tirei os primeiros peixes decentes de 2009.
O mar estava forte, com enchios, e a água tapada.
Depois de ter encontrado um local onde a água corria com força por entre uns calhaus submersos, lançando a partir de uma pedra alta para não levar ripada das ondas, estes dois decidiram aniquilar a Duel Darter.





O maior acusou na balança aproximadamente 2,400 kg, e o mais pequeno 1,600 kg.

Material:

Cana Lucky Craft LCF 2,90 m cw 10-30 gr.
Carreto Shimano Twinpower 4000 FB.
Amostra Duel Darter (sardinha com barriga vermelha).
Multi Fireline 0,17 mm + baixo Seaguar ACE 0,33 mm.
Água salgada, e Fé!

Agradecimentos ao fotografo de serviço, Alexandre Alves.

Até ao próximo lance!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Pesca com vinis às bailas

Como já há mais de um mês que nem o tempo, nem o mar têm deixado pescar, para além de ter estado em época de frequências, que finalmente terminou, resolvi escrever sobre algo que faço geralmente no Verão, apesar de nas outras três estações já ter resultado.
Isto é, uma pesca com amostras de vinil virada às bailas.
Aqui fica uma foto duma baila, para ajudar à sua identificação.



O que de seguida irei descrever é a maneira como pesco, materiais que tenho usado, baseado na minha experiência pessoal, não sendo de maneira nenhuma técnica original ou 100% certa que venha descrita em livros de pesca desportiva, pode até ter incorrecções.
É antes uma "técnica" que uso que advém de outras, juntamente com experiências vividas e que produziram resultados concretos e relativamente consistentes.
Irei então tentar descrever quando, onde, como, e que materiais utilizo neste tipo de spinning, ou deveremos dizer, mais correctamente, pesca com amostras artificias?
Na região onde costumo pescar, na praia das Bicas, Meco e Lagoa de Albufeira, as bailas são uma espécie predadora que coexiste com o seu primo robalo, capturando-se com alguma frequência, na experiência que tenho, especialmente nas zonas de areia, apesar de já as ter capturado em zonas de fundo rochoso.
Por vezes as bailas deslocam-se em cardumes, o que, quando é o caso, nos pode proporcionar várias capturas e ataques num curto espaço de tempo.

Situação

Quando o mar se encontra relativamente calmo, mas com as ondas a rebentarem junto da margem com força, e remexendo bastante areia ao rebentar (Situação, a meu ver mais comum em praias de grande declive, como a Praia das Bicas).
É quando opto por utilizar esta técnica, que produz alguns resultados.
Nos dias em que o mar rebenta longe e cria aqueles longos mantos de espuma, que bastante se diz serem propícios para o robalo, nunca fui bem sucedido com esta técnica, no entanto, creio que é possível serem capturadas na mesma.
A melhor imagem que consegui arranjar, apesar de não ser a melhor, nem de representar fielmente as condições que quero aqui descrever, foi esta:


Nesta situação acredito que as bailas se alimentam mesmo junto da margem, aproveitando a comida posta a descoberto pelo revolver das ondas.
Na realidade, quando opto por este tipo de técnica, o mar normalmente "parte" com mais força na margem, levantando mais areia, e fazendo uma maior zona de rebentação do que na imagem acima.
Logo, é normal que ao pescarmos com uma técnica que explore mais esta zona específica, que as probabilidades de as capturarmos aumentem, e é isso que quando pesco com o vinil tento fazer.

Canas, carretos e fio:

Uso o meu material regular de spinning, a cana Lucky Craft LCF , junto com um carreto Shimano Twinpower 4000 FB. Um carreto leve, e que não tenha uma recuperação demasiado alta servirá.
Em relação à cana, apesar de ligeira, é indicada para jerkbaits e amostras rígidas, tornando-se demasiado pesada e pouco sensível para esta pesca, apesar disso "desenrasca" bem.
Uma cana como a Lucky Craft ESG, a Hiro Magister Lure, entre outras, com acções mais leves, finas, ligeiras, e sensíveis, adequam-se melhor.
Em relação ao fio, uso na mesma o multifilamento Berkley Fireline 0,17 mm, mas qualquer outro de boa qualidade e diâmetro não excessivo, a meu ver resulta bem, existindo várias alternativas como o Power Pro, Varivas, Spiderwire, Highseas Grand Slam, etc...
Continuo a utilizar um baixo de fluocarbono, com cerca de 40 cm's ou mais, dependo de a água estar lusa ou não.
Em relação a marcas, utilizo Seaguar, nas medidas 0.33 mm, apesar de achar que diâmetros mais finos, como um 0,25 mm, possam trazer vantagens a este tipo de pesca, ainda não tive oportunidade de testar.

Amostras de vinil, anzóis e lastro:


Em relação à montagem, executo uma montagem Texas normal, com a única diferença de em vez deusar um chumbo bala, usar um chumbo redondo furado de 10 gramas, isto simplesmente porque foi os que até à data arranjei com este peso, nunca tendo encontrado chumbos bala com 10 gramas ou mais, apesar de acreditar que existam, por isso, acredito que o chumbo bala, com o peso adequado resulte na perfeição.
Em relação às amostras tenho tido resultados especialmente com dois modelos (talvez porque tenham sido aqueles com que tenho insistido mais, e que passaram mais tempo na água) sendo eles as Zoom Super Fluke (12 cm's) e as Slug-Go de 11 cm's e o modelo maior de 15 cm's.


A amostra que mais uso, Zoom Super Fluke, na cor ice.


Promenor da coloração.



Outra cor que já me deu resultados, no mesmo modelo de amostra, na cor pearl white.

Tive sucesso com estas cores tanto de dia, como de noite, apesar de à noite ter realizado mais capturas, mesmo com águas tapadas, por isso, nesta "pesca" para mim o branco e os tons de branco com brilhantes são as primeiras a ir à água.


Nesta foto, podemos ver uma Super Fluke, juntamente com o peso de 10 gramas que uso, e os anzóis que também mais vezes utilizado:
- O 1º (a contar de cima) é o que mais gosto, tanto em tamanho, como em formato e qualidade (apesar de muita gente os considerar pequenos, não tenho tido razões de queixa) e são os Gamakatsu EWG nº 3/0. Picam bem e não perdem a picada depois de uns banhos, adaptam-se muito bem a este tipo de amostras, são resistentes à corrosão e fortes.
- O 2º é o Gamakatsu WORM 314 MB nº 4/0, com as mesmas características do anterior mas com um formato ligeiramente diferente, gosto de usar mais estes com os slug-go e amostras mais finas, em situações que possa deixar o bico do anzol de fora (como a pescar na areia).
- O 3º é da marca Cannelle, modelo Vanadium 5316K nº 3/0, têm uma qualidade bastante inferior aos anteriores, não sendo tão resistentes nem com um bico tão afiado, no entanto, por o preço de 5 Gamakatsu, compra-se uma embalagem de 20 anzóis destes, sendo a escolha mais económica, mas de menor qualidade.



Em comparação, uma Slug-Go de 12 cm's já montada e juntamente com os anzóis mencionados anteriormente.


Aqui fica o registo das Slug-Go de 15 cm's, que uso quando as águas estão mais tapadas, as ondas a quebrar com mais força na areia e o mar mais levantado que o habitual, ou quando já experimentei as amostras mais pequenas e não obtive resultados, pois neste tipo de pesca normalmente começo com as amostras mais pequenas, e não com as maiores. Em relação às cores, deixo o preto com brilhantes para as noites escuras e águas muito tapadas, depois de tentar o branco com pontos pretos (que foi o mais similar que encontrei neste modelo à cor ice das Super Fluke, de que eu tanto gosto), que uso tanto de dia como de noite, águas lusas ou tapadas (excepto se muito tingidas).
Os anzóis neste caso, são do mesmo modelo que os outros, mas com tamanhos maiores.


Comparação entre as Slug-Go de 11 e 15 cm's, e a Super Fluke de 12 cm's, a régua é de 15 cm's.

Montagem


Como já referi, faço uma montagem Texas simples, como explicam nestes vídeos:






Coloco o peso antes de empatar o anzol, como no segundo vídeo, com a diferença de usar um chumbo esférico, ficando este a deslizar livremente na linha, mas ao ser lançado e trabalho, ira mover-se junto à amostra.


Depois utilizo o nó Clinch para ligar o terminal ao anzol já montado na amostra, mas podem ser utilizados outros nós, como o Palomar por exemplo, que é até considerado superior.


Exemplo de como executar o nó Clinch.

Tenho sempre o cuidado de deixar o nó, quando possível, dentro da própria amostra, para evitar que o chumbo bata no nó, enfraquecendo-o.




Aqui está o exemplo de uma Super Fluke já montada.

Animação:

Ao pescar com este tipo de amostras e pesos (cerca das 10 gr), os lançamentos nunca serão muito longos, o que na minha opinião não é muito importante, pois o objectivo é aquela faixa junto à margem onde as bailas com as condições de mar acima descritas, poderão vaguear.

A animação que utilizo é bastante simples, faço uma recolha lenta, dando toques pausados entre eles, para a amostra se levantar do fundo, e espero um ou dois segundos, para que ela volte a descer.
A grande maioria das capturas que fiz foi com este tipo de animação, simples e lenta, pois o objectivo é a amostrar trabalhar o maior tempo possível dentro da zona alvo, e por vezes, eficaz.



Aqui está toscamente representada o tipo de acção que eu estava a referir, sendo que se pode alterar entre o tempo esperado entre os toques, assim como fazer pausas deixando a amostra imóvel no fundo por momentos.
Por vezes o jogo entre as pausas, toques e recolha linear é a chave.
Apesar de por norma não realizar grandes variações ao usar esta técnica, elas são possíveis, e por vezes podem salvar a "grade" e dar uma boa surpresa, ou transformar uma pesca medíocre numa excelente pescaria, pois o peixe pode só atacar a amostra se ela se comportar de determinada maneira, mas isso é algo que nunca tempos como certo.



Concluo esta partilha com a maior baila que capturei em 2008, usando esta técnica, descrita noutro post.
Quero relembrar, mais uma vez, que o que aqui escrevi não é nada mais nada menos que a minha opinião, e isso vale o que vale, este texto baseia-se nas minhas experiências e resultados e não quero de forma alguma que o que aqui esteja escrito seja interpretado como uma regra. Ou como ensinar a pescar, desta forma ou daquela, porque assim é que se pesca bem e está correcto.
Existem N formas de pescar com amostras artificias, esta é apenas mais uma.
É essa diversidade que faz da pesca com amostras algo tão viciante.
As "regras" quase universalmente aceites em relação às cores das amostras, animações, situações em que se devem usar, etc...existem, e possivelmente escrevi algumas coisas que contrariam essas regras, como usar a cor branca em águas tapadas, e de noite, mas mais uma vez, foram soluções que comigo resultaram com regularidade, e como tal, tive o maior gosto em transmitir as minhas experiências a quem visitar este blog, e ler esta partilha.

Até ao próximo lance!

E lembrem-se!



É hora de nos unir-mos e lutar por um Mar que é de todos!







O Lances na revista "O Pescador"!





Aqui fica o Link: http://revistaopescador.blogspot.com/

Pois é, o Lances na Rebentação foi seleccionado o blogue do mês na edição Fevereiro da revista sobre pesca desportiva "O Pescador".
Trata-se de uma pequena entrevista a mim, sobre o que me levou a pescar e a fazer spinning, e como surgiu este blogue e quais os objectivos que espero atingir com ele.
Para mim é simples, o objectivo deste blogue é partilhar as minhas experiências, sejam elas de pescarias, como de técnicas, materiais, entre outros, assim como receber feedback dos visitantes ao blogue, sejam eles pescadores de spinning, ou "civis" não pescadores.
É de denotar, que na revista referiram-se a "depois da marca das 1500 visitas", faltou um 0, era 15.000 visitas :)
Espero que as revistas apostem mais nos blogues pessoais de pescadores e na sua divulgação, não que este seja exemplo de algo, mas existem outros blogues listados na lista de links bastante bons, por isso não se esqueçam, dêem uma vista de olhos, há gente a escrever sobre coisas interessantes e úteis desde Norte a Sul.

Até ao próximo lance!

Vinis e acessórios, onde levar?

Como habitualmente gosto de pescar com vinis que necessitam de alguns acessórios específicos, como chumbos de vários tipos, anzóis de formatos e tamanhos diferentes, cabeçotes com variadas formas, cores e pesos, entre outros, aqui fica como transporto os meus vinis e acessórios já há uns bons meses.
Em relação aos vinis propriamente ditos, deixei o saco estanque da Vileda para trás, e agora uso uma bolsa da Plaway que me foi oferecida pelo meu primo Alexandre Miguel (acessório bastante útil, um obrigado!), existem no mercado outras bolsas similares de outras marcas, esta é razoável na minha opinião.



É constituída por uma cobertura de tecido resistente, similar aos das mochilas, tem aproximadamente 20 x 15 cm, acondicionando sem problemas vinis grandes, como os Super Fluke Magnum, e em termos de funcionamento, o conceito é o mesmo que um dossier. Mas ao invés de folhas, traz cerca de dez "saquinhos" estanques, estilo zip pack, muito parecidos com as embalagens das amostras de vinil.
Como uma imagem vale mais do que mil palavras...



Como defeitos aponto-lhe a fraca resistência do metal das argolas à "dossier", que oxida com uma facilidade espantosa, mesmo que não entre em contacto directo com a água do mar, por isso aconselho a, se houver paciência e vontade, passar esta bolsa por água, já que os vinis dentro das bolsas impermeáveis não são afectados.
O seu pior defeito, é no entanto, a fraca resistência das bolsas impermeáveis, rasgam-se com muita facilidade pela sua base ficando inutilizadas, mesmo que não se encham muito com amostras, e outro ponto fraco é o sistema de fecho que por vezes é difícil de fechar, e nalgumas bolsas, com o tempo, simplesmente já não fecham nem vedam.
Em suma, é um produto bastante prático, que permite uma boa organização das amostras moles, barato (cerca de 5 euros), e que a meu ver tanto desta marca como das outras, serve na perfeição para a sua função, arrumando-se com conforto e facilidade na nossa mochila ou até mesmo num bolso mais avantajado de um colete de pesca, ou impermeável, ou ainda, nas bolsas de "canguru" de alguns fatos de vela.

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Em relação aos acessórios em si (cabeçotes, anzóis, chumbos, etc..), uso uma simples e eficaz caixa de plástico com divisões comprada na loja do Chinês e feita numa qualquer empresa de "vão de escada no gigante do Oriente."
Sinceramente não me lembro quando nem em que loja comprei estas caixinhas, pois já as tenho há bastante tempo, muito antes de fazer spinning, sei no entanto que são resistentes e desempenham a sua função.


Tem as divisões suficientes e à medida para o material que uso, claro que para outro pescador que goste de levar mais variedade de cabeçotes e anzóis por exemplo, uma caixa maior será o mais adequado, estas têm pouco mais de um palmo, e servem-me pois levo poucos anzóis e cabeçotes, a não ser que vá especificamente fazer este tipo de pesca, e aí irei equipado com mais opções, aqui fica uma foto da caixa aberta, e do tipo de material que pode acondicionar.


Na divisão de cima guardo os cabeçotes e anzóis wide gap lastrados; na do canto inferior esquerdo os chumbos redondos e chumbos bala, em baixo ao centro os pesos de dropshot, e no canto inferior direito, uma pequena selecção de anzóis para vinil de diferente formatado (EWG e Worm) e tamanho.

Até ao próximo lance!

Fim de frequências!




Finalmente a época de frequências em rajada, qual MG-42 a debitar chumbo em full auto, chegou, por enquanto, ao fim, lancem-se os foguetes!
Finalmente poderei voltar a postar e a dedicar-me mais um pouco ao blogue, em relação a pescas, há mais de um mês que não vou, como é natural com um tempo e mar destes.
É o ciclo da Natureza que tem que ser respeitado, é o defeso por ela mesmo imposto.
Esperemos que muitos dos "nossos" pesqueiros recebam fundos renovados, que proporcionem boas condições aos robalos quando o mar voltar a estender-nos um convite a ir fazer uns lançamentos à rebentação.